terça-feira, 13 de abril de 2010

SUPER TUCANO PODE SER VENDIDO PARA OS EUA - 100 A 200 UNIDADES

SUCESSO DO AVIÃO BRASILEIRO NA COLÔMBIA TERIA ATRAÍDO  INTERESSE AMERICANO PELO TIPO. 
SUPER TUCANO: AVIÃO BRASILEIRO PODE VOAR NAS FORÇAS ARMADAS NORTE-AMERICANAS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (12) e amanhã em Washington, nos Estados Unidos, da Cúpula de Segurança Nuclear. O encontro foi convocado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, para discutir a cooperação internacional na área de proteção física de material, instalações nucleares e combate ao terrorismo nuclear. Líderes de 43 países e de quatro organização internacionais, entre elas a Agência Internacional de Energia Atômica, devem participar do encontro, de acordo com comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.
A-29B SUPER TUCANO OPERANDO NA FAB - FOTO: ROBERTO CAIAFA
Também foi noticia no Jornal da Globo de segunda feira o início de conversações entre os governos brasileiro e americano para a venda aos EUA da aeronave A-29 Super Tucano, fabricada no Brasil pela EMBRAER. Falou-se numa primeira encomenda de 100 aeronaves, que podem aumentar para mais 100 exemplares. Desde meados de 2007, o governo americano vem demonstrando interesse pela aeronave brasileira, principalmente após seu sucesso no emprego real em combate nas mãos da Força Aérea Colombiana. Na oportunidade, a FAC conseguiu eliminar vários dos principais líderes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia) usando de precisos ataques aéreos, onde foram empregados os A-29 Super Tucanos comprados pelos colombianos em 2006 armados com bombas inteligentes de guiamento laser, fabricadas pelos israelenses.
A-29B SUPER TUCANO PAINEL - FOTO: ROBERTO CAIAFA
A empresa americana de segurança (eufemismo para mercenários) Blackwater, comprou da EMBRAER uma aeronave A-29 Super Tucano, que foi levada para os EUA, e desde então vem sendo exaustivamente avaliada, inclusive em outros territórios que não o americano (leia-se Colômbia). 

Segundo Jeremy Scahill, autor de "BLACKWATER, A ascensão do exército mercenário mais poderoso do mundo" (Editora Companhia das Letras - ano 2008), o espetacular crescimento das chamadas PMC (Private Military Corporation), envolve contratos bilionários no Iraque, Afeganistão, países da África e na Colômbia. 
A-29B SUPER TUCANO (METRALHADORA 12,7 MM) - FOTO: ROBERTO CAIAFA
Quem faz coro com Scahill é o também norte americano  Peter Singer, autor de "CORPORATE WARRIORS The Rise of the Privatized Military Industry", (Editora Cornell University Press), que afirma "o Departamento da Defesa dos Estados Unidos, entre 1994 e 2002, gastou 300 bilhões de dólares em 3 mil contratos com companhias militares privadas, absorvendo oito por cento do total do orçamento do Dod, sigla em inglês do Departamento, também conhecido como Pentágono. Além do Iraque, do Afeganistão e de vários países africanos, essas empresas atuam em outras partes do mundo, como na Colômbia, no Líbano e até na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai'.

Ainda de acordo com ele, a DynCorp, desde os anos 1990, contratou ex-pilotos da Força Aérea Brasileira para atuarem na Colômbia, havendo ainda outros mercenários brasileiros em várias regiões do planeta, contratados por diferentes empresas. Já segundo Scahill, a Embraer vendeu para a Blackwater um avião Super Tucano, passível de utilização em “operações de contra-insurgência”, com o consentimento do governo brasileiro. O avião teria sido enviado para os EUA, mas se supõe que deva ser usado, prioritariamente, na Colômbia.
A-29B SUPER TUCANO - FOTO: MARCOS JUNGLAS

Acordo abre caminho para venda de aviões aos EUA, diz Jobim

Ministro disse que Brasil negocia a venda de 200 Super Tucanos aos EUA.
Da BBC
O acordo de cooperação na área de Defesa que Brasil e Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira abre caminho para a venda de aviões Super Tucanos da Embraer para as Forças Armadas americanas, disse nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Segundo Jobim, o Brasil negocia a venda de 200 aviões para os Estados Unidos. Caso a venda do primeiro lote de cem Super Tucanos seja concretizada, um segundo lote seria negociado.

Jobim e o secretário de Defesa americano, Robert Gates, assinaram o documento em uma cerimônia em Washington. 
O ministro está na capital americana como parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Acordo

O acordo de defesa, anunciado na semana passada, é o primeiro do tipo a ser firmado entre os dois países em mais de 30 anos.

A partir desse acordo, os dois países poderão implementar projetos conjuntos de transferência de tecnologia, troca de experiências e treinamento de pessoal na área de defesa. 
O documento vinha sendo negociado desde o governo do presidente americano George W. Bush (2001-2009), mas apenas recentemente foi fechado. 
No ano passado, um acordo militar que previa o uso de bases na Colômbia por forças americanas provocou críticas dos países da região, entre eles o Brasil.


Na época, o governo brasileiro chegou a cobrar explicações de Washington e Bogotá.

Diferentemente do pacto com a Colômbia, o acordo firmado com o Brasil não prevê o uso de bases brasileiras pelos Estados Unidos nem qualquer tipo de imunidade para as forças. 
Apesar disso, a Unasul (União dos Países Sul-Americanos) pediu que o Brasil esclareça detalhes sobre o acordo.


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